BRADESCO QUADRUPLICA METAS EM PLENO AGRAVAMENTO DA PANDEMIA

Mesmo com diversas agências fechadas para sanitização ou desfalcadas com o afastamento de bancários por covid-19 ou influenza (H3N2), o Bradesco está triplicando e em alguns casos quadruplicando metas de vendas.
Bancários estão pedindo nosso socorro, pois, com a diminuição do número de funcionários devido ao aumento de casos positivos para covid ou H3N2 e com o aumento do número de fechamento de agências em obediência ao protocolo covid, está praticamente impossível entregar os resultados exigidos.
Segundo os relatos dos bancários, seus superiores teriam argumentado que o aumento das metas era para compensar as metas não realizadas no ano anterior e ainda antecipar as metas do ano de 2022. Mas o banco parece não lembrar que no ano passado vivemos o pior momento da pandemia no Brasil, com recordes nos números de mortes. O banco parece não lembrar também que, com a chegada da variante Ômicron, o número de contaminações por covid voltou a bater recordes nesse início de ano.
O banco parece esquecer é que as demissões e fechamento de agências também não cessaram durante a pandemia, o que também impacta na entrega dos resultados.
De março de 2020, quando começou a pandemia, até setembro de 2021, o Bradesco extinguiu 9.498 postos de trabalho, segundo o último balanço divulgado pelo banco.
O movimento sindical bancários cobrou, na última mesa de negociação com a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos), no dia 18 de janeiro, a suspensão das demissões durante a pandemia e das metas abusivas.
Movimento sindical já entrou em contato com o banco cobrando o fim das metas abusivas. “Cobramos esclarecimentos do banco e deixamos claro que essa cobrança abusiva, num momento crítico como este, é desumana e irresponsável.”
O movimento sindical está lutando pela continuidade e ampliação do teletrabalho na pandemia, e orienta os bancários a continuarem denunciando os desrespeitos do banco ao protocolo covid. O sigilo do denunciante é garantido.
SINTRAF-GV