Fenaban enrola, pede tempo e não avança
Além da proposta de negociação por setores, as empresas queriam rebaixar a PLR dos bancários e retirar a Participação nos Lucros e Resultados dos trabalhadores em auxílio doença por mais de 90 dias. Obviamente, o Comando rejeitou a proposta na mesa e deixou claro que não aceitará retirada de direitos.
Mais uma vez, a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) frustrou a categoria e não apresentou proposta de reajuste salarial na oitava rodada de negociação, nesta terça-feira (20/08). Pior. Como prova de que integram um dos setores mais gananciosos da economia nacional, os bancos propuseram retirada de direitos em diversos itens. Um absurdo. A reunião desta quarta-feira (21/08) deve esquentar.
O presidente em exercício do Sindicato dos Bancários da Bahia, Elder Perez, presente na reunião, informou que além da proposta de negociação por setores, as empresas queriam rebaixar a PLR dos bancários e retirar a Participação nos Lucros e Resultados dos trabalhadores em auxílio doença por mais de 90 dias. Obviamente, o Comando rejeitou a proposta na mesa e deixou claro que não aceitará retirada de direitos.
Elder Perez explicou ainda que a Fenaban passou o dia inteiro tentando retirar direitos. “O Comando Nacional rechaçou veementemente as propostas dos banqueiros. É inadmissível que o setor da economia que mais lucra no Brasil não ofereça nem sequer o índice e ainda queira rebaixar as conquistas”.
É um desrespeito com a categoria. Principalmente porque os bancos lucraram R$ 145 bilhões no Brasil em 2023. Podem perfeitamente conceder o reajuste salarial que corresponde à reposição pelo INPC acumulado entre setembro de 2023 e agosto de 2024, acrescido do aumento real de 5%.
As reivindicações incluem ainda PLR maior, melhorias nas demais verbas, como tíquetes alimentação e refeição, auxílio creche e auxílio babá. Fim da gestão por metas abusivas, que têm elevado o adoecimento, reforço dos mecanismos de combate aos assédios moral e sexual, direito à desconexão fora do horário de trabalho, mais mulheres na TI, combate à terceirização e garantia de empregos, jornada de trabalho de quatro dias, entre outros pontos.