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COM PREVISÃO DE INFLAÇÃO, SALÁRIO MÍNIMO PODE CHEGAR A R$ 1.521 NO ANO QUE VEM

No ano que vem, o salário mínimo do país pode chegar a R$ 1.521, se for mantida a atual política de valorização do piso nacional. A fórmula atual considera a variação da inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) mais o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezas do país) de dois anos antes. Atualmente, o mínimo é de R$ 1.412.

Na apresentação do orçamento do ano que vem, o governo inicialmente previu que o mínimo chegaria a R$ 1.509 em 2025, mas considerou que o INPC seria de 3,82% até novembro. Hoje, a Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda, responsável pelas projeções oficiais, atualizou essa projeção para 4,66%.

O aumento de R$ 12 em relação ao previsto no Orçamento para o trabalhador deve gerar um impacto nas contas públicas de cerca de R$ 12 bilhões, nas contas do economista Tiago Sbardelotto, da XP Investimentos, considerando que o piso nacional é referência para o reajuste de diversos benefícios sociais e previdenciários, como a aposentadoria, o seguro-desemprego, o abono salarial e o Benefício de Prestação Continuada (BPC/Loas).

Ganho real
No ano passado, o governo de Luiz Inácio Lula da Silva retomou a política de reajustes acima da inflação para o piso nacional, que havia sido encerrada na gestão de Jair Bolsonaro. Ela prevê, anualmente, além da recuperação do poder de compra, um ganho real referente à variação do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos antes. Em 2023, houve crescimento de 2,9%.

Corte de gastos
Essa regra, contudo, é alvo do pacote de contenção de gastos obrigatórios que vem sendo discutido pelo governo. Uma das medidas em estudo é limitar o crescimento real do mínimo ao mesmo teto do limite de gastos do arcabouço fiscal, de 2,5%. Dessa forma, o ganho real cairia, no ano que vem, para 2,5% — uma redução de 0,4 ponto.

O valor fechado do salário mínimo só é sacramentado em dezembro, quando saem os dados oficiais do IBGE e o presidente da República assina um decreto com o valor. (Fonte: Extra)

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