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Endividamento das famílias bate novo recorde, a 58,5%, segundo Banco Central

O chefe do Departamento de Estatísticas do Banco Central, Fernando Rocha, destacou nesta quarta-feira (28) que o endividamento das famílias tem seguido trajetória de alta. “O crescimento do endividamento das famílias mostra que o saldo de crédito para pessoas físicas tem avançado em um ritmo maior que o da renda dos trabalhadores”, afirmou.

A crise econômica trazida pela pandemia do novo coronavírus fez o endividamento das famílias bater novo recorde no Brasil. Dados divulgados pelo Banco Central mostram que, em abril, o endividamento das famílias com o sistema financeiro chegou aos 58,5%. Este é o maior porcentual da série histórica, iniciada em janeiro de 2005.

O cálculo do BC leva em conta o total das dívidas bancárias dividido pela renda das famílias no período de 12 meses. Como incorpora dados da Pesquisa Nacional de Amostragem Domiciliar (Pnad) contínua e da Pesquisa Mensal de Emprego (PME), ambas do IBGE, o porcentual possui certa defasagem. Por isso o resultado divulgado hoje é de abril.

Fernando Rocha também disse que há uma desaceleração no crescimento do crédito para empresas, enquanto o estoque para famílias segue aumentando de ritmo.

“No segundo semestre do ano passado, tivemos um crescimento muito grande no crédito para pessoas jurídicas, com os programas lançados durante a pandemia. Como esses programas não existem mais, é normal que haja uma desaceleração dos saldos em 12 meses. Já no caso das pessoas físicas, o estoque segue em alta sendo puxado pelo crédito pessoal”, explicou Rocha.

O estoque total de operações de crédito do sistema financeiro subiu 0,9% em junho ante maio, para R$ 4,213 trilhões, informou hoje o Banco Central. Em 12 meses, houve alta de 16,3%. Houve alta de 1,5% no estoque para pessoas físicas e elevação de 0,1% no estoque para pessoas jurídicas

Fonte: Infomoney

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